O que é Dharma?
Algumas palavras em sânscritos são tão comuns que, às vezes, parece que fazem parte do nosso dia-a-dia. Mas, você já confundiu dharma com karma? Já leu textos de diferentes autores e ficou confusa com o significado?Então, vamos esmiuçar essa palavra para não ficar dúvida.
Dharma deriva da raiz dhṛ, que quer dizer manter, preservar, existir, virtude, dever, ordem.
Svadharma é o dharma individual, pessoal. É fazer o que tem que ser feito.
Kṛṣṇa diz para Arjuna, no campo de batalha, quando Arjuna está confuso e triste em ter que lutar contra seus primos, tios e avô:
“Mais vale cumprir o próprio dharma, ainda que de forma imperfeita, do que cumprir de maneira perfeita o dharma de outra pessoa. É perigoso cumprir deveres alheios”.
Na condição de Arjuna, seu dever é guerrear, se necessário for, ele deve matar e morrer.
Não confunda esse ensinamento de Kṛṣṇa com “se eu precisar ser ruim vou ser”. Não é isso. Seu dharma condiz com seu papel. Se é mãe, que seja a melhor mãe para seus filhos (o mesmo para os pais), se é filho, que honre seus pais. Se é médico, que salve vidas sempre que possível. E assim para qualquer papel que desempenhamos. É fazer o que tem que ser feito, da melhor maneira, com o que temos.
Você já se pegou pensando se vai sair da cama para ir trabalhar? Eu já fiz isso várias vezes quando trabalhava no mundo corporativo. Mas nunca deixei de ir trabalhar mesmo que a vontade fosse nula. Isso é cumprir seu dharma e não se deixar levar pelos gostos e aversões.
O que é certo e o que é errado? O parâmetro para definir esses opostos depende de várias circunstâncias. Agir no que é correto, no que é adequado, independe dos meus gostos e aversões. O que é certo, é certo, mesmo que ninguém o faça.
Nossas ações nunca estão somente conosco. Na Ordem Universal, que é perfeita, tudo é conectado. Portanto, minhas ações afetam outras pessoas, outros seres. Quando eu ajo no dharma, minha consciência está sempre em paz, pois eu sei (sem mentiras para mim mesma) que faço o melhor que posso (com ética) com o que eu tenho no momento, mesmo que não seja prazeroso.
Uma mente tranquila é mais preparada para alcançar moksha, a liberação do sofrimento.
Como tem sido teus passos nesse caminho? Seja sincera com você mesma e faça essa análise. Se percebe que algo não está sendo feito da maneira mais correta por você, comece hoje a fazer.
OM TAT SAT
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