Śaucam

 


Traduzido como Limpeza.

É um dos valores que constam na Bhagavadgītā e que está no livro Valor dos Valores de Swami Dayananda Saraswati.

Limpeza externa e interna.

Quando falamos de limpeza externa é muito fácil ter exemplos na mente.

Mas uma coisa me chamou a atenção, Swamiji diz:  “...a disciplina diária de manter a limpeza  produz uma certa atenção e vivacidade da mente.” Esta frase me leva direto para o assunto Minimalismo / Essencialismo. Fiz um curso de Minimalismo com a Bel Albornoz e, veio esse insight em uma das aulas.

Śaucam é a limpeza em todos os sentidos, inclusive no visual. Quanto menos desordem nossos sentidos alcançam, mais a mente consegue estar em atentividade.

E a limpeza interna é mais sutil para ser percebida. Mas, se quando me encontro na limpeza do corpo e do ambiente, minha mente produz atenção, logo, uma mente limpa é a própria presença.

Limpar o interno depende de um trabalho contínuo, assim como o externo. Não limpo minha casa a cada ano, nem meu corpo a cada mês. Por que faria o mesmo com minha mente? 

Já que eu não posso lavar minha mente com sabão e tirar toda a impureza, eu busco essa limpeza em algumas ações, como: pensar de outra forma, ou ponto de vista oposto. Este é um exercício poderoso quando pensamentos impuros vêm à mente (derrota, inveja, incapacidade, tristeza, raiva, etc). Isso não quer dizer se enganar e achar que não sentiu tal emoção/sentimento (nem invalidá-lo), mas, não permitir que ganhem uma dimensão maior do que o necessário.  Neste momento, pense em algo que te faz bem, imagine a situação da forma mais florida possível. Pensamento oposto. Você quebra o ciclo e é capaz de entender tal sentimento (ou, pelo menos, considerar o fato). Com o treino de fazer essa ação a cada vez que tiver um pensamento negativo, a mente entende que não deve ficar corroendo o assunto.

“Qualquer atitude que se estabeleça em minha mente que seja oposta à paz, à acomodação, à não-violência, à humildade e a valores similares pode ser neutralizada, escolhendo-se acolher o ponto de vista oposto… é um ato diário…”

Ele ainda aponta que, no começo, os pensamentos opostos podem parecer falsos, mas com a prática tornam-se reais e espontâneos.

A beleza do yoga é saber que há como mudar, há como quebrar velhos padrões. Somos inteiros. Com a prática isso vai se tornando menos desafiador.

Vamos juntos? Qual limpeza você vai fazer esta semana?

Se quiser saber mais sobre Minimalismo, siga @belalbornoz


Colaboradora: Marcela Valle

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